É difícil explicar as ramificações emocionais da conectividade. Como medir, tipificar o tremendo volume de mentes e corações humanos conectados? Como dimensionar o contingente humano num determinado momento do tempo internet, a partir dos mais variados pontos do globo?
Quem participa dos meandros e ondas da rede sabe do que estou falando. E quem não participa diretamente também sabe (leu ou já ouviu falar) que essa revolução humana silenciosa está tomando proporções gigantescas.
Há vezes em que me sinto planta, árvore de frondosos galhos, acessando lugares remotos. Minhas folhas verdes balançando ao vento a cada mensagem respondida, a cada contato/link retomado. Ser humano buscando seu elo perdido.
Outras vezes, sinto-me como um mamífero aquático, navegando por águas que não são minhas, mas que respeitam meu passeio por outros territórios.
Esta vida em movimento, que proporciona novas dimensões a meu ser, que me ajuda a alargar sonhos e ideais, é um mundo que não tem fim, uma utopia realizada. Há quem diga que utopias não existem. Mas Thomas More, Júlio Verne e Alice (a do País das Maravilhas) acreditaram nelas.
Tudo aquilo que imaginamos, por ser possível imaginar, existe em algum lugar.
Afinal, como cantava Raul Seixas,
"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade."
[Rosy Feros, 1999]