O mar das redes telemáticas tem, essencialmente, a mesma natureza do mar biológico.
Mais que metáfora, o extenso mar de dados representa, tecnologicamente, nossa natureza orgânica. Arquétipo tecnológico de nossa alma bipartida, dividida entre mar e terra, entre céu e mar. São os meios de comunicação servindo de extensões tecnológicas ao homem orgânico.
Os chips minerais de silício são partículas das lascas polidas da civilização pós-histórica. Nossa história está sendo escrita, inscrita no universo das navegações telemáticas.
Hoje, são outras as rotas de navegação. As antigas rotas trans-oceânicas deram lugar aos roteadores da comunicação por mares cibernéticos. Mares nunca antes navegados.
[Rosy Feros, 2000]