No mar, podemos ser peixes, anêmonas, polvos, tubarões, golfinhos. É só escolher. Na rede de gigantescos braços telemáticos, navegamos, mergulhamos ou somos levados pela corrente.
Se surfamos na superfície, apenas vemos que o mar é amplo e parece não ter fim. Podemos nos sentir perdidos na imensidão sem fim das águas. Podemos ter medo de maremotos. Queremos âncoras para nos protegerem, bóias que não nos façam afundar. Cordões umbilicais de segurança.
Se decidimos mergulhar, percebemos quanta vida há sob nossos olhares superficiais. Quanto mais fundo mergulhamos, mais para longe navegamos. Descobrimos outros mundos, outras vidas, outros saberes.
Os dados que coletamos neste denso oceano podem nos servir de alimento, caça, escudo, armadilha, ferramentas. Tudo depende de nossa postura no mar.
O virtual é o nosso espelho mais sincero.
[Rosy Feros, 1999]