desvelo sem fim
os novelos de mim
anunciando o novo dia
como quem termina uma lida
cortando os fios do absurdo
como quem bebe absinto
gritando rouca ao sem-fim dos mundos
como quem gira no carrossel dos loucos
desvelo sem ter
o bordado a tecer
apenas riscando
opções de viver
[
Rosy Feros, 1999]